quinta-feira, 25 abril 2024

Atenção – Nuvem de gafanhotos na Argentina avança 10 km e se aproxima da fronteira Brasileira

A nuvem de gafanhotos que percorre a Argentina e se aproxima da fronteira brasileira está a 112 km da cidade de Barra do Quaraí, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, segundo a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) nesta segunda-feira (20).

Nova nuvem de gafanhotos surge no Paraguai e deve seguir para a Argentina

Nuvem de gafanhotos: como se forma e como combater
Os insetos percorreram cerca de 10 km em relação a medição informada no domingo (19).

Conforme a secretaria, as temperaturas acima de 25ºC favorecem a aproximação da nuvem, que tem mais de 400 milhões de gafanhotos, e ocupa área estimada em 10 km por 3 km, conforme o fiscal estadual agropecuário Juliano Ritter, da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Itaqui.

Em relação ao Uruguai, a nuvem está a 80 km.

Como lembra Juliano, além da temperatura, a velocidade dos ventos também influencia na trajetória da nuvem.

Por isso, não é possível prever se os insetos vão chegar ao estado, e se sim, em qual data, explica o fiscal.

O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar argentino (Senasa) monitora a aproximação de uma segunda nuvem de gafanhotos, também formada no Paraguai.

Busca por alimento

Conforme o entomologista da Unicruz, Mauricio Paulo Batistella Pasini, a preocupação com a chegada dos animais aumentou.

“Como aumentou a temperatura aqui no RS, na semana passada, a gente estava com temperaturas abaixo de 10 graus, ontem [domingo] e hoje [segunda], a gente tem temperaturas acima de 25.

É normal que os insetos comecem a se movimentar, a buscar novas fontes de alimento”, afirma.

A nuvem se originou no Paraguai, no fim de maio. Depois, os insetos voaram para a Argentina. Nos dois países, provocaram prejuízos ao destruírem plantações.

A possibilidade de chegada ao Brasil levou o Ministério da Agricultura a decretar situação de emergência fitossanitária, que permite o uso de inseticidas até então proibidos no país.

A secretaria estadual acompanha o deslocamento dos insetos e afirma ter um plano pronto para entrar em ação caso os gafanhotos cheguem às lavouras do estado.

Esse combate deve contar com a aplicação de veneno por aviões agrícolas, conforme o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da pasta, Ricardo Felicetti.

“Nós aqui no estado mantemos a vigilância e o trabalho de monitoramento e estamos com um plano operacional pronto e já executado na fase de vigilância”, afirma.

Na Argentina, técnicos do Serviço de Qualidade Agroalimentar tem feito a aplicação de veneno com aviões e também por terra. Mas os resultados não têm sido satisfatórios.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do RS (Emater), orientou os agricultores da fronteira a monitorarem as lavouras e a possível chegada dos insetos nas propriedades.

Grupo da UFPel faz simulação

O Grupo de Dispersão de Poluentes & Engenharia Nuclear (GDISPEN) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) vem analisando a trajetória da nuvem de gafanhotos pela Argentina, e realizou simulações de percursos possíveis para os insetos.

“Simulou-se um trajeto de até 150 km de distância do ponto de partida, sabendo que este valor é o maior registrado para deslocamento da nuvem de gafanhotos, ou seja, a nuvem pode parar nos pontos intermediários do percurso”, informa o grupo.

G1

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