Parece até roteiro de filme, mas o romance é real na paisagem triste na divisa entre Pedro Juan Caballero, do lado paraguaio, e Ponta Porã, do lado brasileiro.
As cidades estão separadas pelo fechamento da fronteira no Paraguai, por causa da pandemia de coronavírus.
Em meio a arames farpados, pneus e a vigilância rígida de soldados, Diana e Dilmar se encontram a cada três ou quatro dias em busca de olhares e beijos.
Recém formada em medicina, Diana Raquel Maldonado Benitez, de 24 anos, mora em Pedro Juan Caballero e o empresário Dilmar Dalmásio, de 26 anos, mora na cidade sul-mato-grossense de Ponta Porã.
Mas, eles estão apaixonados e viram nos encontros esporádicos uma forma de preservar o namoro que, agora, no mês de maio, completa um ano.
“No início desses nossos encontros, que duram em média de cinco a dez minutos, a sensação era muito estranha.
Parecia até que estávamos fazendo alguma errada, mas a gente acabou se acostumando.
Enquanto estamos ali, juntos e ao mesmo tempo separados, o tempo parece durar uma eternidade”, relata Diana, que diz rezar todos os dias para a pandemia passar.
A médica paraguaia conta que a última vez que ela e o namorado passaram um dia inteiro juntos foi em 16 março.
“Ele esteve aqui para a gente comemorar o meu aniversário, mas logo teve que ir embora porque já estava valendo o toque de recolher. Em seguida fecharam a fronteira”.
O empresário brasileiro explica que os dois têm consciência da gravidade do momento e também da importância do isolamento, mas revela que quando a saudade bate forte, fica difícil de aguentar.
“Temos feito a nossa parte e estamos tomando os cuidados no dia a dia, com uso de máscaras, álcool em gel e evitado aglomerações”’, conta Dilmar ao justificar os encontros.
À espera da boa notícia: o fim da pandemia
Na semana da Páscoa Diana ganhou chocolates e recebeu flores de presentes do namorado.
“Nosso amor é mais forte que esse tempo triste que estamos vivendo.
Com certeza vamos conseguir superar as dificuldades do momento”.
“Se tem alguma coisa que eu quero do Brasil ele vai lá e compra e passa para mim e vice-versa.
Sabemos que a gente não pode ir até a fronteira à toa porque os militares não aceitam se não tiver um bom motivo.
Penso que o nosso amor por si só já é uma bela justificativa”, revela Diana.
Os dois, tanto quanto todos que estão em casa ou enfrentando rotnias de exposição ao coronavírus, esperam a mesma boa notícia: o fim da pandemia mundial.
E Diana já planeja o que fazer quando acontecer.
A paraguaia contou ao Jornal Midiamax que está cada vez mais apaixonada pelo namorado brasileiro e que a primeira coisa que quer fazer depois que tudo isso acabar é “ficar um dia inteiro com ele, com troca de muitos beijos e abraços”, com direito a almoço, jantar e até sorvete.
“Casamento? A gente já conversou sobre isso antes mesmo da pandemia.
Depois que tudo passar, acho até que pode acontecer”, revela Diana.
Midiamax
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