quarta-feira, 24 abril 2024

Investigação – Sargento atira álcool em recruta e ateia fogo

Recruta de 18 anos, do serviço militar obrigatório, ingressou com ação judicial por danos morais e materiais após ter o rosto, pescoço e costas queimados com álcool em gel na 9ª Companhia de Guarda, dentro CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande.

As agressões ocorreram no último dia 23, durante um trote chamado de ‘missão’, e o principal suspeito é um sargento da unidade.

De acordo com os advogados Pablo Arthur Buarque Gusmão e Renato Cavalcante Franco, que representam o rapaz, na data do ocorrido um outro soldado pediu para que ele fosse buscar um isqueiro, durante a brincadeira.

A vítima então encontrou o sargento, pediu permissão para falar e perguntou se teria um isqueiro para emprestar.

O suspeito então disse que não poderia ajudá-lo, mas ordenou que ele entrasse em uma sala do pelotão.

Em seguida, exigiu que o soldado ficasse em posição de flexão, pois iria pisar na cabeça dele. Porém, o soldado inicialmente recusou, mas foi obrigado e acabou ficando na posição.

“Esse sargento pegou álcool em gel, espirrou no pescoço e no gorro, e perguntou se pegava fogo.

Logo em seguida acendeu um isqueiro, provocando combustão.

Começou a pegar fogo no pescoço, rosto e orelhas do recruta”, disse o advogado Pablo.

Como se não bastasse, o sargento tentou apagar as chamas estapeando a vítima.

Mesmo depois de ferido, o soldado foi interpelado várias vezes por superiores e só foi levado à enfermaria para atendimento no período noturno.

Ainda de acordo com os advogados, ele só teve acesso a um dermatologista do Hospital Militar no dia 26, porque a mãe recorreu ao comandante, solicitando que o filho fosse atendido por um especialista.

Conforme apurado, foi instaurado Inquérito Policial Militar para apurar o caso.

No próximo dia 5 deve ser realizada a reprodução dos fatos e o sargento pode responder por lesão corporal dolosa e tortura.

“Estamos providenciando representação por danos morais, materiais e pelos danos estéticos causados ao recruta”.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa do CMO, mas não foi atendida.

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