Apenas um mês depois de se mudarem para novas terras, famílias indígenas do Paraná enfrentam novamente dificuldades após um temporal de fortes ventos e chuva destruir casas e derrubar a escola da comunidade.
O episódio deixou dezenas de pessoas desabrigadas e interrompeu as aulas das crianças, aumentando a vulnerabilidade das famílias.
Segundo relatos de lideranças locais, o temporal atingiu a região durante a noite e derrubou casas de madeira, além de comprometer a estrutura da escola recém-instalada.
Apesar dos danos materiais, não há registro de feridos graves.
Os indígenas haviam se mudado recentemente para o território após um longo processo de negociação com órgãos públicos e, desde então, buscavam estruturar moradias e serviços básicos.
O desastre natural representa um duro golpe na tentativa de reconstrução da vida comunitária.
“Perdemos tudo de novo. Nossas crianças ficaram sem escola e muitas famílias não têm onde dormir”, relatou uma das lideranças.
Após o incidente, a Defesa Civil foi acionada e equipes da prefeitura da região estiveram no local para avaliar os estragos.
Cestas básicas, lonas e colchões foram entregues às famílias afetadas.
O governo estadual também informou que estuda medidas para ajudar na reconstrução da escola e das moradias.
Organizações de apoio aos povos indígenas alertam para a necessidade de ações rápidas e estruturais, lembrando que a comunidade já enfrentava dificuldades antes da tragédia, como a falta de acesso adequado à saúde, educação e saneamento.
De acordo com o Sistema de Meteorologia do Paraná (Simepar), os próximos dias devem registrar instabilidade, com possibilidade de novas tempestades em diferentes regiões do estado.
A recomendação é que moradores de áreas mais vulneráveis redobrem a atenção e busquem abrigo seguro durante os temporais.
A transferência das famílias indígenas para as novas terras ocorreu há pouco mais de um mês, após anos de reivindicação.
A expectativa era de que o novo espaço trouxesse melhores condições de vida, mas a destruição causada pelo temporal reacendeu a preocupação com a fragilidade das moradias e a necessidade de investimentos em infraestrutura.
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