Uma tragédia abalou a comunidade indígena Avá Guarani na noite de quinta-feira (20), com o assassinato brutal da adolescente Jessicléia Martins, de 17 anos.
A jovem foi morta a facadas dentro de sua aldeia, localizada próxima ao bairro Eletrosul, em Guaíra, no oeste do Paraná.
Jessicléia foi atacada por um homem de 67 anos, que a atingiu com golpes de faca no tórax e abdômen.
A Polícia Federal agiu rapidamente e prendeu o suspeito, um homem não indígena, após um cerco e perseguição que envolveu diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Paraná e Guarda Municipal de Guaíra.
Segundo relatos, o homem de 67 anos, que se dizia amigo da família, vinha assediando Jessicléia há meses, com a intenção de ter um relacionamento amoroso com a adolescente.
A jovem, no entanto, se recusava a ceder às investidas do homem, o que teria motivado o crime, conforme informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
Testemunhas relataram ao Cimi que o homem passou cerca de 20 minutos observando a casa de Jessicléia antes de cometer o crime.
No momento em que a jovem estava sozinha, ele desceu do carro com uma faca e invadiu a residência, desferindo os golpes fatais.
O suspeito foi preso em flagrante e levado para a Delegacia de Polícia Federal de Guaíra, onde foi indiciado por feminicídio.
A pena para este crime varia de 20 a 40 anos de reclusão.
O caso será encaminhado à Justiça do Estado do Paraná para evitar qualquer relação com conflitos fundiários entre indígenas e não indígenas.
A investigação continua em andamento para esclarecer todos os detalhes do crime e garantir que o responsável seja punido.
Este trágico episódio ressalta a violência enfrentada por comunidades indígenas no Brasil, especialmente por mulheres e jovens.
O Cimi tem denunciado o aumento da violência contra povos indígenas, incluindo assassinatos, ameaças e outras formas de agressão.
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