A Polícia Civil do Paraná (PC/PR) deflagrou a ‘Operação Terminus Est’ no município de Sengés, nos Campos Gerais.
A investigação buscou elucidar a morte de Eunice Fernandes de Oliveira, de 33 anos, que estava desaparecida desde 7 de janeiro deste ano.
O corpo foi localizado em uma cova rasa, nas proximidades da zona urbana. Três homens foram presos e um adolescente apreendido.
Os restos mortais da vítima foram encontrados queimados, juntos a algumas vestes, reconhecidas por sua mãe. O corpo apresentava sinais de tortura e “agressões brutais”, como as “mãos arrancadas”, explica a PC/PR.
MOTIVOS DO CRIME
Segundo o delegado responsável pelo caso, Isaías Machado, Eunice foi “julgada” pelos traficantes suspeitos por volta das 23h, de 6 de janeiro. O motivo seria uma represália a um possível furto que ela teria praticado – situação esta não comprovada pela polícia.
Quatro homens agrediram a vítima até a morte, sendo que a situação foi transmitida por meio de uma live com outros traficantes da região.
Após a tortura, homicídio e ocultação de cadáver, a vítima foi queimada.
Com as chuvas no município, partes do cadáver ficaram amostras, possibilitando que um morador localizasse o corpo e acionasse à polícia.
Peritos do Instituto Médico Legal (IML) e da Criminalística fizeram o recolhimento do cadáver.
TRIBUNAL DO CRIME
Durante as investigações, a Polícia Civil identificou que os mesmos suspeitos de assassinar Eunice fizeram outra vítima, em 30 de dezembro de 2024.
Com a mesma abordagem, agrediram brutalmente a pessoa diante de uma possível traição.
Além da tortura, filmaram as agressões em live e por acharem que a vítima estava morta, a enterraram em outro momento.
Entretanto, a mulher sobreviveu e se arrastou por metros até ser socorrida e encaminhada com ferimentos graves ao Hospital de Sengés – na sequência, ela foi direcionada a Ponta Grossa, onde ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por quinze dias.
A vítima, de 38 anos, teve múltiplas fraturas pelo corpo e possui limitações para se locomover.
OUTRO CASO
A Polícia Civil investiga um possível terceiro caso, onde uma vítima está desaparecida e pode ter sido morta pelos mesmos suspeitos.
Com as prisões e apreensões decretadas, a ação teve o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Militar do Paraná (PM/PR).
Os homens já possuem passagem e cumpriram pena por anos em decorrência de condenação por tráfico e associação para o tráfico de drogas.
Agora, eles responderão por organização criminosa para prática de tráfico de drogas e homicídio, tentativa de homicídio qualificado, tortura, homicídio qualificado consumado e ocultação de cadáver – no caso dos maiores de idade, podendo ser pena máxima de sessenta anos de reclusão.
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