O delegado, Adailton Junior, responsável pela investigação sobre o desaparecimento do casal Kauany Cleve e Rubens Bigueti Júnior, em Goioerê – noroeste do Estado, interrogou nesta segunda-feira (14) a mulher presa suspeita de envolvimento no sumiço dos dois.
A mulher, segundo o delegado em conversa por telefone com a Catve, se resguardou a direito de ficar calada e não quis auxiliar na investigação e indicar o que aconteceu na noite de segunda-feira, 3 de agosto, dia em que os dois sumiram sem deixar rastros.
“A chance de encontrar os dois com vida ainda existe, mas é remota, pois depois de 40 dias de investigação não há nenhum pedido de resgate e também não há movimentação bancária, nada.
A linha de investigação que é trabalhada é de duplo homicídio”, aponta o delegado.
A suspeita estava presa desde o dia 12 de agosto na Cadeia Pública de Goioerê pelo crime de tráfico de drogas.
Ao longo da investigação ela foi ligada ao desaparecimento do casal e no dia 1° de setembro a Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva que a mantém presa, como suspeita, de participar do desaparecimento Kauany e Rubens.
A Polícia Civil identificou que ela tinha desavenças com Kauany e chegou a ameaçar a vítima no dia em que os dois desapareceram e o motivo pode estar ligado a ciúmes.
A investigação já ouviu mais de 10 pessoas, entre familiares, amigos e pessoas próximas ao casal.
O delegado explica que a área de buscas é extensa e que todas as vezes que informações sobre o possível paradeiro dos dois chegam as autoridades, a procura é retomada.
“Não há como ficar 24 horas procurando toda a área, pois ela é muito extensa.
Até agora não encontramos vestígios de onde possam estar os corpos dos dois”, diz Adailton sobre a operação de buscas.
Câmeras de segurança de toda a região de Goioerê, horário em que o bebê do casal de quatro meses foi localizado em frente a uma das casas do município – perímetro extenso é analisado pela investigação.
No entanto, os dados encontrados até o momento seguem em sigilo para não atrapalhar o curso da investigação.
“Não é possível apontar se são cinco, sete ou 10 pessoas envolvidas.
Ainda faltam outras pessoas serem ouvidas para tentar chegar ao desfecho do caso”, aponta o delegado da Polícia Civil à Catve.
A Polícia Civil já apreendeu telefones e documentos que são periciados e tudo que for localizado será anexado ao inquérito, que ainda não tem prazo definido para ser encerrado.
Denúncias que levem ao paradeiro do casal devem ser repassadas pelo 190 e 197 de forma anônima e gratuita.
Redação Catve.com
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